27/08/2009
MADRIGAL MELANCÓLICA
O que eu adoro em ti não é sua beleza, a beleza é em nós que existe a beleza é um conceito. E a beleza é triste! Não é triste em si mas pelo que há nela de fragilidade e incerteza. O que eu adoro em ti não é a tua inteligência, mas é o espírito sutil tão ágil e tão luminoso. Ave solta no céu matinal da montanha,nem é tua ciência do coração dos homens e das coisas. O que eu adoro em ti não é a tua graça musical sucessiva e renovada a cada momento, graça aérea como teu próprio momento. Graça que perturba e que satisfaz! O que eu adoro em ti não é a mãe que já perdi e nem meu pai. O que eu adoro em tua natureza não é o profundo instinto matinal em teu flanco aberto como uma ferida, nem a tua pureza. Nem a tua impureza. O que adoro em ti lastima-me e consola-me! O que eu adoro em ti é A VIDA !!! (Manoel Bandeira)
MADRIGAL MELANCÓLICA
O que eu adoro em ti não é sua beleza, a beleza é em nós que existe a beleza é um conceito. E a beleza é triste! Não é triste em si mas pelo que há nela de fragilidade e incerteza. O que eu adoro em ti não é a tua inteligência, mas é o espírito sutil tão ágil e tão luminoso. Ave solta no céu matinal da montanha,nem é tua ciência do coração dos homens e das coisas. O que eu adoro em ti não é a tua graça musical sucessiva e renovada a cada momento, graça aérea como teu próprio momento. Graça que perturba e que satisfaz! O que eu adoro em ti não é a mãe que já perdi e nem meu pai. O que eu adoro em tua natureza não é o profundo instinto matinal em teu flanco aberto como uma ferida, nem a tua pureza. Nem a tua impureza. O que adoro em ti lastima-me e consola-me! O que eu adoro em ti é A VIDA !!! (Manoel Bandeira)